E eu?
E eu? Como uma mulher da década de 70
me sinto nos dias atuais no meio de uma geração do passado para uma
geração do presente, e essa última, cheia de surpresas midiáticas,
saindo da condição da profissão “do lar” para passar a ser provedora do
lar inserida em diversas profissões presentes em nossa sociedade. Mesmo
assim, percebo em nós, muito dos nossos antepassados como crenças,
tabus, medos, os quais dividimos com o presente, cheio de liberdade,
onde tudo pode, ou quase tudo, e o que era temido antes, hoje não o é
mais com o advento da informação rápida, desenvolvimento, tecnologia e o
mercado de trabalho mais igualitário entre homens e mulheres. E essas
mudanças interferem nos nossos relacionamentos, e nos leva a nos
analisar e analisar o outro também.
Posso observar hoje, que os
homens, em sua maioria, são imaturos, imprevisíveis, não parece saberem o
que quer, ou faz se entender assim, não quer responsabilidade com o
outro e não cuida dos sentimentos do seu próximo.
Mas nessa busca
de igualdade, de mudanças, do velho e do novo, as pessoas parecem
perdidas, (me incluo) sem um referencial muitas vezes, os valores já não
são os mesmos, as famílias mudaram, precisamos mudar a nossa forma de
ver, e ainda não encontramos um modelo, teremos vários modelos de ser, e
de preferência “ser feliz”, e o que quero é alguém para compartilhar,
caminhar juntos na mesma viagem, para a mesma direção em busca de
objetivos semelhantes para estar bem e em equilíbrio comigo e com o
todo.
Os anos passam... Solteira há quase uma década depois de quase duas
dividindo o mesmo espaço em um relacionamento “sólido” que teve os seus
felizes e infelizes momentos. Passei um bom tempo indisponível para
relacionamentos, mais envolvida na interação com os meus filhos e
tentando ser resiliente, vivendo para a família. Quando me senti pronta
para me relacionar com outra pessoa já havia percebido as dificuldades
em encontrar alguém disponível, que tenhamos afinidades e gostamos da
companhia. Hoje vivemos um momento em que tudo acontece muito rápido,
pessoas parecem descartáveis, os sentimentos parecem banalizados na
intimidade, porem bem descrito nas redes sociais com o advento da
tecnologia, não sei a forma melhor de agir, vivemos na era digital,
quase tudo é virtual, relacionamentos começam em sites de relacionamento
e tudo parece distante do que eu imaginava ser ideal e encontrar alguém
com os mesmos ideais, sonhos, e vontade de compartilhar a vida, o
cuidar, e fazer bem um ao outro se torna vulnerável e distante nos dias
atuais.
ANDY
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