terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Por que a Lucy aos 40 não casa? DEPOIMENTO PARTE 3

E eu?


E eu? Como uma mulher da década de 70 me sinto nos dias atuais no meio de uma geração do passado para uma geração do presente, e essa última, cheia de surpresas midiáticas, saindo da condição da profissão “do lar” para passar a ser provedora do lar inserida em diversas profissões presentes em nossa sociedade. Mesmo assim, percebo em nós, muito dos nossos antepassados como crenças, tabus, medos, os quais dividimos com o presente, cheio de liberdade, onde tudo pode, ou quase tudo, e o que era temido antes, hoje não o é mais com o advento da informação rápida, desenvolvimento, tecnologia e o mercado de trabalho mais igualitário entre homens e mulheres. E essas mudanças interferem nos nossos relacionamentos, e nos leva a nos analisar e analisar o outro também.
Posso observar hoje, que os homens, em sua maioria, são imaturos, imprevisíveis, não parece saberem o que quer, ou faz se entender assim, não quer responsabilidade com o outro e não cuida dos sentimentos do seu próximo.
Mas nessa busca de igualdade, de mudanças, do velho e do novo, as pessoas parecem perdidas, (me incluo) sem um referencial muitas vezes, os valores já não são os mesmos, as famílias mudaram, precisamos mudar a nossa forma de ver, e ainda não encontramos um modelo, teremos vários modelos de ser, e de preferência “ser feliz”, e o que quero é alguém para compartilhar, caminhar juntos na mesma viagem, para a mesma direção em busca de objetivos semelhantes para estar bem e em equilíbrio comigo e com o todo.

Os anos passam... Solteira há quase uma década depois de quase duas dividindo o mesmo espaço em um relacionamento “sólido” que teve os seus felizes e infelizes momentos. Passei um bom tempo indisponível para relacionamentos, mais envolvida na interação com os meus filhos e tentando ser resiliente, vivendo para a família. Quando me senti pronta para me relacionar com outra pessoa já havia percebido as dificuldades em encontrar alguém disponível, que tenhamos afinidades e gostamos da companhia. Hoje vivemos um momento em que tudo acontece muito rápido, pessoas parecem descartáveis, os sentimentos parecem banalizados na intimidade, porem bem descrito nas redes sociais com o advento da tecnologia, não sei a forma melhor de agir, vivemos na era digital, quase tudo é virtual, relacionamentos começam em sites de relacionamento e tudo parece distante do que eu imaginava ser ideal e encontrar alguém com os mesmos ideais, sonhos, e vontade de compartilhar a vida, o cuidar, e fazer bem um ao outro se torna vulnerável e distante nos dias atuais.

ANDY

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