sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

DIAMANTE ERICKSONIANO

TERAPIA FEITA SOB MEDIDA
Jeffrey K. Zeig e Teresa Robles

Segundo Zeig a hipnose, do ponto de vista estrutural, é uma maneira de embrulhar as idéias como se fossem presentes. É uma maneira das pessoas escutarem seus próprios bons conselhos. É uma forma de pegar as idéias, embrulha-las como presentes e apresenta-las ao paciente de forma bem atrativa, como algo valioso, para ajuda-lo a fazer brotar as potencialidades que estão escondidas. Todas as pessoas têm forças e recursos que desconhecem e o trabalho do terapeuta consiste em apresentar ao paciente idéias que lhe ajudem a chegar a algumas dessas potencialidade por si mesmo.

O Diamante Ericksoniano:

Ter uma meta


Utilização



Fazer sob medida Embrulhar para presente






Estabelecer um processo

• O primeiro principio se refere a ter uma meta, de modo que saibamos para onde levar a terapia. A meta também permite ao terapeuta saber se alcançou seu objetivo, se teve êxito.
• Uma vez que o terapeuta tenha uma meta, necessita de uma forma de embrulhar para presente. Pode faze-lo usando uma metáfora, uma história, hipnose, a prescrição de um sintoma, um símbolo, uma intervenção não verbal, a ilusão de alternativas, dentre muitas outras técnicas.
• Para que se tenha êxito, não basta ter uma meta e embrulha-la para presente. É necessário fazer a meta sob medida para o paciente, para que se encaixe dentro de seu estilo particular. Se aquele que presenteia oferece algo que tem um valor único para aquele que recebe, esse presente é muito mais significativo.
• Não basta ter uma meta sob medida e bem embrulhada para presente. É preciso estabelecer um processo no tempo, de maneira que o presente feito sob medida e bem embrulhado, não seja simplesmente entregue à pessoa, mas apresentado a ela com certa cerimônia para que tenha mais sentido.
• O ponto central no trabalho de Erickson é o conceito de utilização. Utilização significa que seja o que for que o paciente traga, usem-no: se o paciente traz um estilo de vestir, usem-no; se traz uma orientação religiosa, usem-na; se traz um problema, usem no; se traz resistência, também usem-na. Qualquer coisa que o paciente trouxer, pode ser usada. A utilização é como a fonte da juventude para os terapeutas. É talvez melhor para o terapeuta do que para o paciente, porque mantém o terapeuta vivo atento ao que está acontecendo a cada instante.

Categorias diagnosticas Zeig: Criadas para fazer a terapia sob medida.

Objetivos:

a) Como sinalização na estrada que nos diz como conduzir a terapia.
b) Como um recurso para utilizar tudo o que o paciente trouxer para a terapia. O paciente se apresenta como um “presente”, e traz um problema ou um sintoma como um “presente”.
c) Também pode ser uma maneira de motivar o paciente.


Categorias Intrapsiquicas Perceptuais:

1 – Interno X Externo:

Interno: Uma pessoa interna está mais voltada para os processos internos, fantasias, sonhos, sentimentos, é como uma tartaruga voltada para dentro.

Externo: Umas pessoa externa põe toda sua atenção no meio ambiente. Está bastante interessada em tudo que acontece ao seu redor. Está com vistas, ouvidos e tato voltado para fora. Ela parece mais um gato observando.

Atenção: Interna ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Externa



2 – Focada X Difusa:

Focada: Uma pessoa focalizada só olha uma coisa de cada vez, focaliza uma só coisa intensamente como um raio laser.

Difuso: Uma pessoa difuso olha ao redor, percorre com o olhar, toma uma coisa daqui, outras de lá, um pouco de cada. Tem uma orientação difusa.

Orientação: Focada ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Difusa



3 – Sistema sensorial predominante: Visual, Auditivo, Cinestésico.

Visual: A pessoa assimila o mundo com informações predominantemente visuais: imagens, cor, figura, fundo etc.

Auditiva: A pessoa assimila o mundo com informações predominantemente auditiva: Sons, harmonia, desarmonia, intensidade sonora etc.

Cinestésica: A pessoa assimila o mundo com informações predominantemente corporais, sensoriais, sensações táteis, gustativas, olfativas e de movimento.


Visual ¨ ¨ Auditivo





¨
Cinestésico


Categorias Intrapsiquicas de Elaboração:

4 – Linear X Mosaico:

Linear: Uma pessoa linear processa as coisas seqüencialmente de modo a atender a um pensamento linear ou lógico da situação.

Mosaico: Uma pessoa em mosaico elabora as coisas processando um pouquinho disso, outro pouquinho daquilo, e assim por diante.

Se estamos induzindo ao transe uma pessoa linear, podemos sugerir que ele relaxe sua cabeça , depois seu pescoço... relaxe seu ombro e vai se avançando as instruções de modo linear até que gradualmente, e de modo suave pode se avançar para instruções do tipo mosaico na forma de induzir, tal como: “Ë a medida que relaxa, não precisa trazer sua atenção aos sons desta sala...ao que sente tendo os pés apoiados sobre o chão... à posição do seu pescoço... às sensações de conforto que permanecem... às imagens de sua mente...”. No caso de uma pessoa em mosaico, começar com o estilo mosaico e ir se deslocando , bem lentamente até o estilo linear.
Se queremos fazer hipnose com uma pessoa linear podemos motiva-la dizendo: “Vamos fazer hipnose, por três razões: uma...duas... três...”. No caso de uma pessoa mais mosaico , a argumentação pode ser menos ordenada e mais em mosaico.

Elaboração: Linear ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Mosaico

5 – Ampliador X Redutor:

Ampliador: Um sujeito ampliador amplia tudo o que observa. Ele olha um rato e vê um elefante. Qualquer sensação ou observação é altamente amplificada.

Redutor: Um sujeito redutor reduz tudo o que observa. Ele olha um elefante e vê um rato. Qualquer sensação ou observação é grandemente reduzida.

Se queremos apresentar hipnose a um ampliador dizemos: “Vamos fazer hipnose! Vai ser a experiência mais fantástica e maravilhosa que já teve em sua vida”. Más se estão apresentando hipnose a um redutor: “Olha, vamos fazer hipnose, provavelmente haverá duas ou três coisas que, quem sabe, lhe interesse um pouquinho... e alguma vez no futuro... sob certas circunstâncias...”. Ajustar-se ao estilo do paciente funciona muito bem porque estamos falando com a pessoa em sua própria linguagem experiencial.

Processamento: Ampliador ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Redutor.



CATEGORIAS INTERPESSOAIS E SOCIAIS:


1 – Estrutura Familiar do Paciente:
A ordem que o paciente toma na sua família de origem, fornece indícios importantes sobre seu modo de funcionamento. É o filho mais velho ou único, do meio ou o caçula?
Os filhos mais velhos ou únicos, geralmente representam a maior parte dos terapeutas de sucesso, são os que mandam, estão acostumados a se encarregar das coisas, a cuidar dos outros, dos irmãos menores e, as vezes inclusive a cuidar dos pais. Por isso não é raro que elejam uma profissão onde continuem com o papel de tomadores de conta. Os filhos mais velhos ou únicos tendem também a ser mais intelectuais e mais tímidos. Para este tipo de paciente pode se dar este tipo de instrução: “Há algo que quero que cuide”.
Os filhos do meio tendem a ser mais rebeldes, mais amistosos, mais agregados, mais artísticos. Para estes pode se dar o seguinte tipo de instrução: “Quero que se deprima esta semana e tente encontrar uma forma artística de se deprimir”.
Os filhos caçulas tendem a ser mais conciliadores, a dividir as diferenças, a ser mais complacentes. A estes pode se dizer: “Quero que estejam deprimido esta semana e que o façam justamente na Quinta feira, das seis às nove da noite”. E eles vão seguir sua prescrição porque são de natureza complacente e, ao faze-lo tomam o controle sobre sua depressão.
Obviamente estes dados são estatísticos e não regras, portanto não são verdades absolutas. As diferenças culturais, diferenças em mais de cinco anos entre os filhos e uma série de outras variáveis tais como a presença de agregados na família, podem alterar estas expectativas.
Utilizando-se destas informações o terapeuta pode conduzir seu processo psicoterápico de forma mais condizente com os antecedentes de seu paciente e, portanto obter mudanças mais efetivas.

mais velho ou único ¨ ¨ do meio





¨
caçula


2 – Ambiente em que a pessoa cresceu ou foi educada:

O ambiente onde a pessoa cresceu e foi educada também fornece muita informação a respeito dela, em especial se a pessoa cresceu em um ambiente rural ou urbano.
As pessoas do ambiente rural tendem a ser orientadas para o futuro. Se ela quiser uma fruta ou um tipo qualquer de alimento, ela tem que preparar a terra, no momento adequado, e do modo correto para poder colher os frutos no futuro. Para induzir um transe neste tipo de pessoa pode-se começar a falar de imagens de campo. Intervenções de futuro também podem ser utilizadas sem uma elaboração mais cuidadosa.
As pessoas do ambiente urbano tendem a ser orientadas para o agora. Se ela quiser uma fruta ou qualquer tipo de alimento, ele sai de sua casa e compra. Para induzir um transe nesta pessoa, é mais adequado sugerir cenas urbanas, e de preferencia que tenham a ver com sua experiência vivencial. Para qualquer intervenção de futuro é necessário uma elaboração mais cuidadosa que prepare o terreno da intervenção.
Milton Erickson era de origem rural e tinha uma orientação de futuro, não é por acaso que a terapia Ericksoniana é uma terapia que se faz no presente com vistas ao futuro. É necessário estar atento ainda, para as mudanças socioculturais ocorridas nas ultimas décadas. Muito destas mudanças podem ter afetado o tipo de orientação mais freqüentemente adotada pelas pessoas de um ou de outro tipo de ambiente.

Ambiente: Rural ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Urbano



3 – Intrapunitivo X Extrapunitivo:

Esta categoria tem a ver com a direcionalidade que o indivíduo dá para a culpa:

O Intrapunitivo é a pessoa que atribui a culpa de praticamente tudo que acontece a ele mesmo. “Ë minha culpa”.
O Extrapunitivo atribui a culpa a outras pessoas. “É sua culpa”.

Se uma pessoa intrapunitiva dorme alem da conta ela diz: “Como pude ser tão estúpido”. Más se for uma pessoa extrapunitiva ela diz: “Porque não me acordou?
Se estamos atendendo uma pessoa intrapunitiva, podemos lhe dar a seguinte sugestão: “Sua mente inconsciente pode observar todos os erros que comete, mas sua mente inconsciente não se engana ao desenvolver possibilidades interessantes”. Deste modo o problema (intrapunitividade) está sendo circunscrito para a mente consciente.
No caso de estar-mos atendendo uma pessoa extrapunitiva, temos que lhe dar algo para que possa ser extrapunitivo e satisfazer essa parte de sua personalidade. Pode se dar a seguinte Sugestão: “Você irá tirar todos os objetos de seu guarda roupa e depois guarda-los novamente do mesmo modo que estavam antes. Enquanto estiver fazendo isso sua mente inconsciente providenciará idéias interessantes a respeito da solução do problema que estamos trabalhando”. O paciente poderá chegar para a sessão seguinte dizendo: “Não fiz aquela tarefa estúpida que você me mandou fazer e a solução para o problema é a seguinte...”.

Direcionalidade : Intrapunitivo ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Extrapunitivo
(da culpa)


4 – Absolvedor X Emissor, doador:

Esta categoria tem haver com o sentido mais freqüente do fluxo de energia emitido ou captado pelo paciente:

O Absolvedor: É a pessoa que freqüentemente capta ou recebe a energia das pessoas ou do ambiente no qual está inserido. Se estamos fazendo terapia familiar com uma pessoa absolvedora, pode-se sugerir: “Vamos fazer terapia Familiar, é maravilhoso! Verá como é interessante. Não tem que fazer nada. Só se senta, sua família fará todo o trabalho”.

O Emissor ou doador: É a pessoa que transmite, que doa energia para os outros. São pessoas orientadas para dar para gerar energia. Se estamos fazendo terapia com um doador podemos dizer: “Vamos fazer hipnose, não sei muito sobre isso, tentaremos fazer hipnose e você vai me ajudar a te ajudar”.

Direcionalidade : Absolvedor ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Emissor ou
(da energia) doador


5 – Pesquisador, explorador X Autoprotetor:

Esta categoria tem haver com a direcionalidade da atenção ou do interesse da pessoa. Uma pessoa pode ser curiosa e se mover em busca da descoberta ou da exploração de seu ambiente ou retrair-se de forma defensiva. As duas direções são importantes para a proteção do indivíduo dependendo do contexto, entretanto o explorador tem mais chance de ser gratificado e de desenvolver um conhecimento mais amplo e favorável de seu ambiente.

O Pesquisador , Explorador: É aquela pessoa curiosa , interessada em conhecer as características e peculiaridade das coisas ou pessoas de seu meio ambiente. Sua atenção está permanentemente explorando as possibilidades a sua volta, freqüentemente em busca de gratificação.

O Autoprotetor: É aquela pessoa mais contida, reservada, que se distancia, atenta a tudo que pode desestabiliza-la ou gerar algum tipo de desconforto ou ameaça. Prefere a segurança e comodidade a qualquer aventura ou possibilidade remota de gratificação.


Direcionalidade : Pesquisador ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Autoprotetor
( da atenção ) Explorador

6 – Dominante X Submisso:
Esta é uma das categorias mais importantes deste grupo, define quem está dominando ou submisso na relação. As posições dominantes e submisso se determinam nos primeiros segundos da interação. A relação de complementaridade é aquela em que uma pessoa está dominante e a outra submissa. É uma situação estável e não há nenhum problema. O outro tipo de relação é a simétrica. Uma relação simétrica é uma relação entre iguais e é instável. Um terceiro tipo de relação é a de metacomplementariedade. É a posição de se colocar submisso para estar realmente dominante.

Dominante é a pessoa que determina a relação, que dirige os rumos da conversa ou que determina o assunto a ser discutido. Algumas pessoas necessitam ser dominantes e gostam de estar nesta posição. Erickson sempre era dominante. Era como um guru sempre atento sempre dominante. Quando fazemos psicoterapia ericksoniana, queremos ser dominantes e, como as pessoas dominantes controlam e definem a relação, também induzimos papéis. A pessoa dominante induz papéis na que está submissa, seja de forma construtiva ou destrutiva. Se queremos ser terapeutas efetivos , temos que induzir os papeis mais construtivos possíveis em nossos pacientes; por isso necessitamos ser dominantes. Erickson estava muito atento aos primeiros instantes de uma interação e, nesse momento, tomava a relação a seu encargo e começava a induzir papéis construtivos. Quando o paciente está na posição dominante, a terapia é ineficiente.

Submisso é a pessoa que aceita e procura desempenhar o papel induzido pelo dominante. Sem essa aceitação é impossível que o paciente produza mudanças consideráveis em suas representações mentais e no modo como ele lida com suas dificuldades. A resistência no processo psicoterápico, reflete na maioria das vezes uma posição assimétrica que o terapeuta não conseguiu conduzir para uma relação de complementaridade com o terapeuta na posição dominante. Algumas pessoas gostam de estar submissa, tem de estar submissa e procuram controlar a situação a partir desta posição de metacomplementariedade. Os sintomas servem de exemplo como uma pessoa pode ficar dominante sendo submissa e portanto é importante usar tarefas ou diretivas para mudar o desequilíbrio de poder e induzi-lo a papeis mais construtivos.

Direcionalidade : Dominante ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Submisso
( da condução )
7 – Visual, Auditivo, Cinestésico:
Esta é a mesma categoria que foi usada no grupo anterior e não tem nada a ver com estas que são relacionais e sociais. Só que agora o diagnóstico tem que ser feito a partir de informações visuais, tais como: como ela se senta, como posiciona sua cabeça, como movimenta seus olhos etc.



Visual ¨ ¨ Auditivo





¨
Cinestésico


8 – Qual de todas as categorias está mais desequilibrada?
Da categoria de três a seis qual está mais desequilibrada? Esta pessoa é mais intrapunitiva, ou mais absolvedora, ou mais emissora, ou mais pesquisadora, ou mais submissa?


Principais Aspectos Utilizados para Colher os Dados:

1- A descrição do problema, como a pessoa produz o problema?
2- A solução, como posso conseguir o oposto do problema?
3- O funcionamento interacional, sistêmico do problema?
4- Analogias?
5- Anzóis, quais os valores do paciente que podem ser utilizado para produzir as mudanças comportamentais (lidar com).
6- Como utilizar isso tudo para criar a terapia.



FICHA DE AVALIAÇÃO:
(CATEGORIAS ZEIG)

I - Categorias Intrapsiquicas e Perceptuais:

1 – Atenção: Interna ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Externa.

2 – Orientação: Focada ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Difusa.

3 – Sistema sensorial predominante: Visual, Auditivo, Cinestésico.

4 – Elaboração: Linear ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Mosaico.

5 – Processamento: Ampliador ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Redutor.



II – Categorias Interpessoais e Sociais:

1 – Estrutura Familiar do Paciente: mais velho ou único do meio caçula.

2 – Ambiente em que cresceu ou foi educada: rural ou urbano.

3 – Direcionalidade da culpa : Intrapunitivo ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Extrapunitivo.

4 – Direcionalidade da energia : Absolvedor ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Emissor.

5 - Direcionalidade da atenção : Explorador ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Autoprotetor.

6 – Direcionalidade da condução : Dominante ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Submisso.

7 – Sistema sensorial predominante: Visual, Auditivo, Cinestésico.

8 - Qual das categorias, da três a seis, está mais desequilibrada?
R: ____________________________________________________________________ ______________________________________________________________________

Observações: __________________________________________________________
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