sábado, 30 de dezembro de 2017

Para quem gosta de analisar comportamentos-The Sinner: a série da Netflix


Aos amantes da analise do comportamento humano, da psicologia humana, gostaria de sugerir a série do Netflix chamada the Sinner, lançado em novembro.

Para quem gosta de ficar verificando, analisando a fundo sobre os mistérios da mente humana, esta série é um banquete.

É a história de um assassinato de um estudante de medicina por uma "mãe normal de classe média dos USA", a bela protagonista Jessica Biel.

No decorrer ,você ficará encantado com as histórias de vida de diversas pessoas, seus dramas, a intriga da mente humana, a influência da religião, da sexualidade e da vida social sobre nós, a espécie humana, os pobres mortais.

Procure observar em particular a mente do detetive e seus fetiches, os sonhos da irmã da protagonista e tente me responder:
- Até onde podemos nos considerar saudáveis e isentos de alguma chance de surto?
- Como buscar a saúde emocional durante nossa vida?

O moderníssimo psicólogo  americano, cognitivista, Young, nos explica muito bem todas estas construções mentais, os estresses do passado e como estes programas mentais serão precursores de pensamentos, comportamentos do nosso futuro. É como se no presente, pudéssemos prever o futuro das vítimas desses estresses. É incrivelmente doloroso!!!!

Aos psicólogos que desconhecem Young também recomendo a leitura sobre "Os esquemas desadaptativos".

Pessoal, boa leitura, boa série, e depois vocês me contam sobre suas reações a respeito.

Incrível! Quem me recomendou esta série foi minha paciente R. a quem eu agradeço pela indicação e pela confiança em meu trabalho.

Abaixo você poderá ver o trailer, ok?




José Borges da Silva Filho

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Homo sapiens sapiens, um ser emocional

Seres humanos são seres emocionais. As melhores empresas para se trabalhar, as melhores pessoas para se conviver, grandes religiões, são aquelas que tratam as emoções como fatores importantes.

Quero esclarecer que as emoções são produzidas no cérebro humano, ali no sistema límbico. E estas são diferentes dos pensamentos, que são produzidos em outras partes do cérebro. Pensamentos são idéias, conceitos, imagens e ocupam muitas áreas do cérebro ao serem formados.

Um pensamento produz emoções. Uma emoção produz pensamentos.

Estão interligados.

Existem algumas emoções básicas no ser humano: a raiva, o medo, a tristeza, a alegria, a surpresa, e o nojo. Alguns psicólogos dizem que todas as outras emoções são as misturas de todas estas. Não irei concordar nem discordar, porque tudo isso é muito subjetivo.

Todas as emoções são úteis para o sistema evolutivo do ser humano.
Vamos então simplificar.
- a raiva pode acontecer numa situação de percepção de injustiça, então produz muita energia para lutarmos e desfazer esta injustiça. Exemplo: a luta contra a corrupção.

-o medo ativa produção de adrenalina com intuito de luta e fuga, numa situação de ameaça. Exemplo: você precisa se defender de um cão feroz na rua, ou foge ou ataca o animal.

-a alegria une os seres humanos pois nossa espécie precisa da união para perpetuação da espécie, na criação dos filhotes e para a construção e manutenção  dos valores éticos. Exemplo: em dias de festa aceitamos aquele primo chato com certa facilidade.

-a surpresa é a emoção que nos leva a um comportamento frente a a situações novas, incita-nos ao abastecimento de nossa curiosidade e informa aos outros seres humanos que houve uma descoberta.

-o nojo serve para prevenção de algo que nos faria mal,  como alimentos, relacionamentos, locais, situações. Imagine você fazer sexo com alguém que tem nojo, e esta relação produz um filho que necessitaria de cuidados. Não haveria o casal para cuidar desta criança e uma das partes teria de se sacrificar para fazê-lo.

-a tristeza vem com a perda de alguém ou algo (veja artigo https://joseborgesfilho.blogspot.com.br/2017/12/as-diferencas-entre-emocao-tristeza-e.html), nos convida ao isolamento, nos produz dor com o objetivo de equacionar soluções derivadas desta perda.

Embora as emoções sejam úteis para a evolução da espécie, e nos causem ganhos, uma vez que são produzidas em momentos errados,  e persistindo isto, você pode ter perdas significativas na vida.
A psicoterapia pode auxiliar você a corrigir este rumo.

José Borges da Silva Filho

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

As diferenças entre a emoção tristeza e a depressão

Hoje em dia é muito comum alguém falar que está depressivo.
Importante salientar que muitas vezes as pessoas não estão depressivas e sim tristes.
A tristeza é uma emoção produzida no cérebro humano e como todas as emoções como alegria, raiva, nojo, medo etc, a tristeza possui um objetivo e proporciona ganhos para a espécie humana.

Esta emoção geralmente acontece em nossas vidas quando existe algum tipo de perda. Cito perdas como por exemplo morte de entes queridos, distanciamento de relações afetivas, divórcio, perda de um trabalho significativo ou parte do corpo, ou então perdas financeiras.
Após esta(s) perda(s) surge a emoção tristeza que vem convidando a pessoa que a produz a realizar alguns comportamentos.

Uma pessoa triste geralmente se isola, num quarto, ou do grupo social que pertence. Prefere ficar na cama, calada, sozinha, parece que conversando consigo mesma.
Então você pode me perguntar:
- Por que isso é útil?
A dor que a tristeza nos provoca nos convida a reflexões e estas reflexões muitas vezes se dão melhor quando estamos sozinhos. É como se esta dor pedisse a nós que ficássemos sozinhos para achar uma solução para a perda que aconteceu.
No caso de uma morte de uma pessoa querida a pergunta é:
-como vou viver sem aquele que se foi?
No caso de perda de emprego ou quantia financeira:
-como recuperar?
O cérebro provoca dor para que possamos ser instigados a resolver a questão. Importante ouvir nossa sabedoria.

Muitas vezes todos nossos amigos dizem que não podemos ficar tristes, e mesmos os mais próximos nos levam a locais onde a emoção alegria faz parte do contexto, só que a alegria muitas vezes não seria uma boa conselheira para aquele momento. Ela não condiz com o momento de vida.

Jä a depressão é um transtorno que vem com muitos comportamentos, emoções e pensamentos juntos. É como se a depressão fosse o COMBO. Nunca vem sozinha. Como um combo  da lanchonete que vem refrigerante, batata e sanduíche.
A depressão vem com auto-estima baixa, pessimismo, baixa capacidade de resolver situações, generalização de atitudes negativas,retardo psicomotor, insônia ou hipersonia, perda de libido, tristeza, raiva e até acompanhada por ansiedade.

Muitas vezes confundimos a tristeza com depressão mas a diferença está na intensidade e duração. Uma pessoa triste por luto por muito tempo pode ter a diminuição da produção de serotonina e entrar numa depressão leve ou profunda. O luto é o período que passamos para nos adaptar frente a uma grande perda, geralmente por morte, mas este termo está associado a qualquer perda.
O tempo de luto é individual e não se pode dizer quanto tempo ele dura.

Existem vários tipos de depressão com exemplo citamos a depressão pós parto, a depressão do climatério, depressão sazonal provocada por falta de luminosidade de dias do inverno em países com alta latitude e a depressão oriunda de uma grande dor a qual o sujeito pensa que não conseguirá resolver.

Assim sendo a psicoterapia é uma maneira excelente que as  pessoas podem se valer, e a passarem por períodos difíceis como perdas e principalmente no enfrentamento de transtornos como a depressão.

Também se a tristeza não possui causa aparente e é persistente, indico você procurar um psicólogo comportamental cognitivo

José Borges da Silva Filho


POEMA-Véspera de natal


Era como se a cidade inteira me deixasse, para uma viagem
as ruas desertas produziam confortante silêncio
algumas aves pousadas nas árvores me acompanhavam na caminhada
disputando um canto com o som de meus passos
folhas se chocavam umas com as outras, estralando a hipnose
o frescor da tarde acolhia a imensidão de meus pensamentos

Era véspera de natal de 2017
a magia do dia desafiava-me as emoções

Tentava uma conexão com Ele
talvez paz, talvez fraternidade, talvez esperança. Talvez fé?

Em meu percurso uma rua que subia forte
ultimo sol das 19hs no fim daquele dia que teimava ali

subia ofegante e quando olhei para ele a luz ofuscou-me
via o astro rei gargalhando sobre meus olhos entupidos de luz
embaralhava-me a visão
no meio da rua deserta

mas aquilo magnetizou-me
Insisti
em vão ergui o olhar

baixei a cabeça
mais por orgulho de ser dominado do que por humildade e admiração
não conseguia enxergar nada, somente aquela luz dourada

a sarjeta emoldurava o sol
tentava olhar sem êxito
mantendo a cabeça olhando para o solo
num gesto de criador e criatura

Lembrei-me Dele

Era véspera de Natal
me vi pequeno face a sua grandeza
 e previ
minha reação de um futuro mesmo distante
de um encontro com Ele.

                                                       José Borges da Silva Filho

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

POEMA: Feliz Ano Novo, Feliz Ano Velho



I
Eu me lembro da primeira vez que beijei uma mulher
numa festa de muito tempo
senti um misto de dor e aventura
quando a vida me mostrava emoções diversas
ensinando-me sua marca
as emoções tremedeiras
encostava-me na pele dela a fina pele de meus lábios.
E eu a deixei partir
em seu sorriso doce me disse adeus
e foi saindo
como uma nuvem que perde sua individualidade
e se mistura ao céu
camuflando-se de foliã
ainda com pescoço estendido e olhando para trás
me observando.
Desapareceu para sempre,
criando sua individualidade eterna em mim
sumindo de minha adolescência
e o remorso ainda hoje me pergunta
-Por que deixou, ela, partir tão rápido?
E eu olho a minha inexperiência.

II

Eu me lembro da primeira vez que fui pai
num hospital isolado do mundo
no canto silencioso receber em verdes panos
as fitas dos lábios dela
me ensinando outra dimensão
senti dor e aventura
país inexplorado da paternidade
tremi com ela em meus braços
quando a embalava ,
seu olhar perdido embaçado e vago
na docilidade de seu cheiro de primeiro dia de vida.
O remorso me perguntou
Por que não a embalaste mais?
Olhei para minha pequenez


III
Eu me lembro da primeira vez que o câncer entrou em meu lar
chegando do modo mais traiçoeiro
e dormiu na minha cama
muito tempo ao meu lado
no seio direito de quem mimou meus filhos
senti dor e aventura
mergulhando-me no verdadeiro papel do cuidador
ele adormeceu ao lado de seu coração
sentiu-se a vontade ali
distraidamente se multiplicou
até que
Fora arrancado numa manhã de feriado de junho
levando junto os músculos alimentadores de meus rebentos
sustentadores da sensualidade


IV

Eu me lembro do primeiro dia de 2009
metido numa roupa branca eu desejava muita coisa
e agora chegando seu fim
percebo 2009
nos dias em que me sentia um chão de festas
desde outros tempos
talvez sabia
que este ano seria assim
neste despertar
daqueles esplendores do amanhecer
na magia de suas cores
é irradiação que migra aos nossos espíritos
através de olhos castanhos me abençoando
incrustados na pele de marcas dos sóis que tantos dias me brindaram

E tenho pensado muito em ti
Nas propostas de tua voz
Modulada pelo teu coração
Amparada e de mãos dadas na sua generosidade que desfilam em minhas memórias
pelo teu bondoso sorriso


Porque 2009 se vai
Ele sai do calendário
E nunca mais sairá de mim
Pelos efeitos que tem realizado
E acho que
Nunca sairei dele
Neste aprendizado oportunizando minhas ações


v
Eu não me lembro a primeira vez que um amigo me ajudou
Não senti dor nem aventura
Somente percebi que estavam ao meu lado
Sem falar, sem olhar
mas estavam ali
e agora percebo mais que nunca
que mais importante que a morte ou a vida
que a cura ou a doença
que a aprovação ou a reprovação
são os esforços que fazemos para alimentar os sonhos dos que estão ao nosso lado
proporcionando ao amigo
nosso tempo,
nosso esforço
e cultivo uma grande gratidão por isto
e qualquer dia poder te falar pessoalmente
sobre minha gratidão a você.
Obrigado

José Borges Filho

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

stress e efeitos

efeitos do stress no corpo e origens


quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

tratamento de depressao

Tratamento da depressão

Fábio Gomes de Matos e Souza1



RESUMO
O tratamento antidepressivo deve ser realizado considerando os aspectos biológicos, psicológicos e sociais do paciente. Na média, não há diferenças significativas em termos de eficácia entre os diferentes antidepressivos mas o perfil em termos de efeitos colaterais, preço, risco de suicídio, tolerabilidade varia bastante o que implica em diferenças na efetividade das drogas para cada paciente. A conduta, portanto, deve ser individualizada. A prescrição profilática de antidepressivos irá depender da intensidade e freqüência dos episódios depressivos. O risco de suicídio dever ser sempre avaliado e se necessário o ECT deverá ser indicado. Não há antidepressivo ideal, entretanto, atualmente existe uma disponibilidade grande de drogas atuando através de diferentes mecanismos de ação o que permite que, mesmo em depressões consideradas resistentes, o tratamento possa obter êxito.

DESCRITORES
Depressão; tratamento; profilaxia; antidepressivos; ECT


ABSTRACT
The antidepressant treatment should be accomplished considering the patient’s biological, psychological and social aspects. In average, there are no significant differences in terms of efficacy among the different antidepressants but the profile in terms of collateral effects, price, suicide risk, tolerability shows great variation which implies in differences in the effectiveness of drugs for each patient. The therapy, therefore, should be individualized. The prophylactic prescription of antidepressants will depend on the intensity and frequency of the depressive episodes. The suicide risk should always be evaluated and if necessary ECT should be prescribed. There is no ideal antidepressant, however, there is a large variety of drugs acting through different mechanisms of action which allows the possibility of therapeutic success in resistant depressions.

KEYWORDS
Depression; treatment; prophilaxis; antidepressants; ECT



Introdução
O moderno tratamento da depressão apresenta uma gama de opções que permitirá uma flexibilidade ao psiquiatra clínico, no sentido de adequar para cada paciente a melhor abordagem terapêutica. Esta revisão discutirá os pontos mais importantes da terapia antidepressiva, adotando a forma de perguntas e respostas. Outras revisões devem ser mencionadas.1-14

Discussão
Qual deve ser a participação do paciente no tratamento da depressão?
O tratamento deve ser realizado COM o paciente e não PARA o paciente. Assim, o médico deverá disponibilizar para o paciente informações concernentes à depressão bem como às opções terapêuticas.
Como tratar a depressão?
O tratamento antidepressivo deve ser entendido de uma forma globalizada levando em consideração o ser humano como um todo incluindo dimensões biológicas, psicológicas e sociais.4 Portanto, a terapia deve abranger todos esses pontos e utilizar a psicoterapia, mudanças no estilo de vida e a terapia farmacológica. Apesar de o enfoque desta revisão se concentrar na psicofarmaterapia, deve-se mencionar que não se trata "depressão" de forma abstrata mas sim pacientes deprimidos, contextualizados em seus meios sociais e culturais e compreendidos nas suas dimensões biológicas e psicológicas.
As intervenções psicoterápicas podem ser de diferentes formatos, como psicoterapia de apoio, psicodinâmica breve, terapia interpessoal, comportamental, cognitiva comportamental, de grupo, de casais e de família. Fatores que influenciam no sucesso psicoterápico incluem: motivação, depressão leve ou moderada, ambiente estável e capacidade para insight.2
Mudanças no estilo de vida deverão ser debatidas com cada paciente, objetivando uma melhor qualidade de vida.
Os antidepressivos produzem, em média, uma melhora dos sintomas depressivos de 60% a 70%, no prazo de um mês, enquanto a taxa de placebo é em torno de 30%.15-17
Esta taxa de melhora dificilmente é encontrada em outras abordagens terapêuticas de depressão, a não ser o ECT (eletroconvulsoterapia). Em termos de eficácia, em ensaios clínicos, parece não haver diferenças significativas entre as várias drogas, o que não significa dizer que cada paciente responderá a diferentes antidepressivos da mesma maneira.
Qual é o melhor antidepressivo?
Esta pergunta deveria ser formulada da seguinte forma: qual o melhor antidepressivo para quem? Todas as classes têm eficácia similar, portanto, a escolha do antidepressivo deve ser baseada nas características da depressão, efeitos colaterais, risco de suicídio, outros distúrbios clínicos, terapia concomitante, tolerabilidade, custo, danos cognitivos, etc.
Deve-se questionar o próprio conceito de "antidepressivo". Afinal, as drogas antidepressivas são utilizadas para muitos outros distúrbios médicos, além da depressão (tabela 1). Infelizmente, na falta de uma definição melhor, continuaremos a usar a supramencionada denominação.

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Como os antidepressivos são classificados?
A classificação mais usada dos antidepressivos tem sido baseada no neurotransmissor/receptor envolvido em seu mecanismo de ação (tabela 2).

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Quando os antidepressivos não fazem efeito?
Dosagens inadequadas e não adesão são as principais causas da falha de resposta. A escolha da droga deve considerar esses fatores. Praticamente todos os antidepressivos podem ser dados uma vez por dia. O modo mais eficiente de tratar a depressão tem sido relacionado com uso de tricíclicos ou inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs).
É evidente, pois permite que as drogas sejam administradas uma vez por dia, com exceção dos tricíclicos que, apesar de meia vida em torno de 24 horas, devido aos efeitos colaterais, são administrados de 2 a 3 vezes por dia.
Por que os efeitos colaterais são importantes na escolha dos antidepressivos?
A principal variável relacionada à não adesão dos pacientes são os efeitos colaterais. Portanto, a redução dos efeitos colaterais é fundamental para o êxito do tratamento. Os efeitos mais comuns estão descritos na tabela 3.
Os principais efeitos colaterais dos tricíclicos são anticolinérgicos. Já com os ISRSs os efeitos sexuais despontam. Neostigmina na dose de 7,5mg a 15mg, tomada 30 minutos antes da relação, tem sido utilizada para aumentar a libido, e a ciproheptadina, 4mg ao dia por via oral, pode reverter a anorgasmia.
Os antidepressivos tricíclicos são realmente mais baratos?
O custo inicial dos antidepressivos tricíclicos ainda continua mais baixo do que o de outros antidepressivos. Entretanto, se forem computados os custos totais do tratamento (horas de atendimento, dias perdidos, etc), os antidepressivos mais modernos ficam mais baratos.
Como é dividido o tratamento antidepressivo?
Usualmente é dividido nas seguintes fases: aguda, continuação (até 6 meses) e preventiva (após 6 meses). Na prática, esta divisão tem importância relativa, visto que a droga com a qual o paciente melhorou deve ser prescrita nas fases subseqüentes do tratamento. A pergunta mais apropriada seria: por quanto tempo deve-se prescrever a medicação?
As doses de continuação devem ser as mesmas ou próximas às doses terapêuticas.18, 19 Em pacientes idosos, a terapia de continuação até dois anos após a melhora pode ser necessária.20 Uma taxa de recaída de até 50% é observada se o tratamento é inadequado, ou nenhum tratamento após resposta inicial é observado.5
Que conduta adotar na terapia aguda?
O tratamento adequado da depressão requer não somente a melhora dos sintomas observados na fase aguda, mas também a observação de quais, dos referidos sintomas, não retornam no período de manutenção (recaída), enquanto a pessoa permanece vulnerável. As seguintes variáveis devem ser consideradas:
1. Eliminar as causas contribuintes - causas ambientais, agentes físicos, outras drogas capazes de causar a depressão, excesso de cafeína, etc.
2. Aumentar a dosagem de antidepressivo aos níveis terapêuticos, considerando a resposta e a tolerância do paciente.
3. Doses adequadas, por exemplo, de 150 mg ou mais de tricíclicos, por períodos adequados de tempo. Quatro semanas ou mais são necessárias para um efeito ótimo.21 Mesmo assim, 25% não respondem por seis semanas.22
4. Se a depressão continua após quatro semanas de dosagem terapêutica, outro antidepressivo deve ser tentado.21
Quando mudar de antidepressivo?
Mudança de antidepressivo antes de três semanas deve-se à ansiedade da família, do médico, ou dos dois juntos. Os pacientes devem ser orientados para aguardar as três semanas. Um incremento nas sessões psicoterápicas pode ser indicado e, se for necessário, a prescrição de algum ansiolítico.
Após quatro semanas, se o antidepressivo não tiver tido o efeito desejado, uma mudança de classe de antidepressivo e/ou potencialização da terapia podem ser experimentadas. Infelizmente, não há um algoritmo disponível de forma consensual que oriente qual droga deve ser experimentada após a primeira ter falhado no alívio dos sintomas depressivos.21
Antidepressivos causam dependência ou síndrome de retirada?
Os pacientes também devem ser avisados que os antidepressivos não são aditivos, embora síndromes de descontinuação possam ser observadas em alguns pacientes. Síndrome de descontinuação ou retirada tem sido mencionada na literatura, incluindo alterações somáticas e gastrintestinais, alterações do sono, distúrbio dos movimentos, e hipomania.23 Sintomas de descontinuação normalmente aparecem de 1 a 14 dias após o fim do tratamento e melhoram dentro de uma semana. Síndrome de descontinuação não deve ser confundida com recorrência de depressão, que começa em médis de 3 a 15 semanas após o término de utilização do antidepressivo e continua a piorar.24 Sintomas de retirada podem ocorrer com dosagens não tomadas. Os tratamentos do sintoma de descontinuação incluem: reinstalação de baixas doses do antidepressivo, uso de anticolinérgicos para alívio sintomático ou simplesmente o ato de esperar.25

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Servidores prestes a se aposentar participam de encontro

"Nesta segunda-feira (7), 25 servidores prestes a se aposentar se reuniram em mais um encontro do projeto ‘Novos Rumos’, na sala da Diretoria de Gestão de Pessoas. A ação é realizada pela Secretaria de Administração para fomentar o desenvolvimento de outros caminhos, perspectivas e a redescoberta de potencialidades com trabalhadores do serviço público municipal que em breve se aposentarão.

O tema desta reunião especial foi ‘Vida ativa’. O objetivo era estimular os servidores a realizar atividades diversas mesmo após a aposentadoria, para descobrir um exercício físico prazeroso ou até mesmo um trabalho manual como artesanato. O psicólogo José Borges Filho ministrou palestra e desenvolveu uma dinâmica de grupo sobre o tema.Além disso, a terapeuta Leila Cristina realizou outra dinâmica utilizando material reciclável. Na ocasião, os servidores confeccionaram um cravo (flor) com guardanapos."

Fonte: Prefeitura de Uberlândia

CLÍNICA DE PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL COGNITIVA EM UBERLÂNDIA

olá!

Nossa clínica possui vários terapeutas:

1- BORGES FILHO-PSICÓLOGO COMPORTAMENTAL COGNITIVISTA E HIPNOTERAPEUTA.
2- JOSIENE-PSICOLOGA
FONE 034 9 9935 5176 whatsapp, FUNDINHO, UBERLANDIA MG













sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

DIAMANTE ERICKSONIANO

TERAPIA FEITA SOB MEDIDA
Jeffrey K. Zeig e Teresa Robles

Segundo Zeig a hipnose, do ponto de vista estrutural, é uma maneira de embrulhar as idéias como se fossem presentes. É uma maneira das pessoas escutarem seus próprios bons conselhos. É uma forma de pegar as idéias, embrulha-las como presentes e apresenta-las ao paciente de forma bem atrativa, como algo valioso, para ajuda-lo a fazer brotar as potencialidades que estão escondidas. Todas as pessoas têm forças e recursos que desconhecem e o trabalho do terapeuta consiste em apresentar ao paciente idéias que lhe ajudem a chegar a algumas dessas potencialidade por si mesmo.

O Diamante Ericksoniano:

Ter uma meta


Utilização



Fazer sob medida Embrulhar para presente






Estabelecer um processo

• O primeiro principio se refere a ter uma meta, de modo que saibamos para onde levar a terapia. A meta também permite ao terapeuta saber se alcançou seu objetivo, se teve êxito.
• Uma vez que o terapeuta tenha uma meta, necessita de uma forma de embrulhar para presente. Pode faze-lo usando uma metáfora, uma história, hipnose, a prescrição de um sintoma, um símbolo, uma intervenção não verbal, a ilusão de alternativas, dentre muitas outras técnicas.
• Para que se tenha êxito, não basta ter uma meta e embrulha-la para presente. É necessário fazer a meta sob medida para o paciente, para que se encaixe dentro de seu estilo particular. Se aquele que presenteia oferece algo que tem um valor único para aquele que recebe, esse presente é muito mais significativo.
• Não basta ter uma meta sob medida e bem embrulhada para presente. É preciso estabelecer um processo no tempo, de maneira que o presente feito sob medida e bem embrulhado, não seja simplesmente entregue à pessoa, mas apresentado a ela com certa cerimônia para que tenha mais sentido.
• O ponto central no trabalho de Erickson é o conceito de utilização. Utilização significa que seja o que for que o paciente traga, usem-no: se o paciente traz um estilo de vestir, usem-no; se traz uma orientação religiosa, usem-na; se traz um problema, usem no; se traz resistência, também usem-na. Qualquer coisa que o paciente trouxer, pode ser usada. A utilização é como a fonte da juventude para os terapeutas. É talvez melhor para o terapeuta do que para o paciente, porque mantém o terapeuta vivo atento ao que está acontecendo a cada instante.

Categorias diagnosticas Zeig: Criadas para fazer a terapia sob medida.

Objetivos:

a) Como sinalização na estrada que nos diz como conduzir a terapia.
b) Como um recurso para utilizar tudo o que o paciente trouxer para a terapia. O paciente se apresenta como um “presente”, e traz um problema ou um sintoma como um “presente”.
c) Também pode ser uma maneira de motivar o paciente.


Categorias Intrapsiquicas Perceptuais:

1 – Interno X Externo:

Interno: Uma pessoa interna está mais voltada para os processos internos, fantasias, sonhos, sentimentos, é como uma tartaruga voltada para dentro.

Externo: Umas pessoa externa põe toda sua atenção no meio ambiente. Está bastante interessada em tudo que acontece ao seu redor. Está com vistas, ouvidos e tato voltado para fora. Ela parece mais um gato observando.

Atenção: Interna ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Externa



2 – Focada X Difusa:

Focada: Uma pessoa focalizada só olha uma coisa de cada vez, focaliza uma só coisa intensamente como um raio laser.

Difuso: Uma pessoa difuso olha ao redor, percorre com o olhar, toma uma coisa daqui, outras de lá, um pouco de cada. Tem uma orientação difusa.

Orientação: Focada ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Difusa



3 – Sistema sensorial predominante: Visual, Auditivo, Cinestésico.

Visual: A pessoa assimila o mundo com informações predominantemente visuais: imagens, cor, figura, fundo etc.

Auditiva: A pessoa assimila o mundo com informações predominantemente auditiva: Sons, harmonia, desarmonia, intensidade sonora etc.

Cinestésica: A pessoa assimila o mundo com informações predominantemente corporais, sensoriais, sensações táteis, gustativas, olfativas e de movimento.


Visual ¨ ¨ Auditivo





¨
Cinestésico


Categorias Intrapsiquicas de Elaboração:

4 – Linear X Mosaico:

Linear: Uma pessoa linear processa as coisas seqüencialmente de modo a atender a um pensamento linear ou lógico da situação.

Mosaico: Uma pessoa em mosaico elabora as coisas processando um pouquinho disso, outro pouquinho daquilo, e assim por diante.

Se estamos induzindo ao transe uma pessoa linear, podemos sugerir que ele relaxe sua cabeça , depois seu pescoço... relaxe seu ombro e vai se avançando as instruções de modo linear até que gradualmente, e de modo suave pode se avançar para instruções do tipo mosaico na forma de induzir, tal como: “Ë a medida que relaxa, não precisa trazer sua atenção aos sons desta sala...ao que sente tendo os pés apoiados sobre o chão... à posição do seu pescoço... às sensações de conforto que permanecem... às imagens de sua mente...”. No caso de uma pessoa em mosaico, começar com o estilo mosaico e ir se deslocando , bem lentamente até o estilo linear.
Se queremos fazer hipnose com uma pessoa linear podemos motiva-la dizendo: “Vamos fazer hipnose, por três razões: uma...duas... três...”. No caso de uma pessoa mais mosaico , a argumentação pode ser menos ordenada e mais em mosaico.

Elaboração: Linear ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Mosaico

5 – Ampliador X Redutor:

Ampliador: Um sujeito ampliador amplia tudo o que observa. Ele olha um rato e vê um elefante. Qualquer sensação ou observação é altamente amplificada.

Redutor: Um sujeito redutor reduz tudo o que observa. Ele olha um elefante e vê um rato. Qualquer sensação ou observação é grandemente reduzida.

Se queremos apresentar hipnose a um ampliador dizemos: “Vamos fazer hipnose! Vai ser a experiência mais fantástica e maravilhosa que já teve em sua vida”. Más se estão apresentando hipnose a um redutor: “Olha, vamos fazer hipnose, provavelmente haverá duas ou três coisas que, quem sabe, lhe interesse um pouquinho... e alguma vez no futuro... sob certas circunstâncias...”. Ajustar-se ao estilo do paciente funciona muito bem porque estamos falando com a pessoa em sua própria linguagem experiencial.

Processamento: Ampliador ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Redutor.



CATEGORIAS INTERPESSOAIS E SOCIAIS:


1 – Estrutura Familiar do Paciente:
A ordem que o paciente toma na sua família de origem, fornece indícios importantes sobre seu modo de funcionamento. É o filho mais velho ou único, do meio ou o caçula?
Os filhos mais velhos ou únicos, geralmente representam a maior parte dos terapeutas de sucesso, são os que mandam, estão acostumados a se encarregar das coisas, a cuidar dos outros, dos irmãos menores e, as vezes inclusive a cuidar dos pais. Por isso não é raro que elejam uma profissão onde continuem com o papel de tomadores de conta. Os filhos mais velhos ou únicos tendem também a ser mais intelectuais e mais tímidos. Para este tipo de paciente pode se dar este tipo de instrução: “Há algo que quero que cuide”.
Os filhos do meio tendem a ser mais rebeldes, mais amistosos, mais agregados, mais artísticos. Para estes pode se dar o seguinte tipo de instrução: “Quero que se deprima esta semana e tente encontrar uma forma artística de se deprimir”.
Os filhos caçulas tendem a ser mais conciliadores, a dividir as diferenças, a ser mais complacentes. A estes pode se dizer: “Quero que estejam deprimido esta semana e que o façam justamente na Quinta feira, das seis às nove da noite”. E eles vão seguir sua prescrição porque são de natureza complacente e, ao faze-lo tomam o controle sobre sua depressão.
Obviamente estes dados são estatísticos e não regras, portanto não são verdades absolutas. As diferenças culturais, diferenças em mais de cinco anos entre os filhos e uma série de outras variáveis tais como a presença de agregados na família, podem alterar estas expectativas.
Utilizando-se destas informações o terapeuta pode conduzir seu processo psicoterápico de forma mais condizente com os antecedentes de seu paciente e, portanto obter mudanças mais efetivas.

mais velho ou único ¨ ¨ do meio





¨
caçula


2 – Ambiente em que a pessoa cresceu ou foi educada:

O ambiente onde a pessoa cresceu e foi educada também fornece muita informação a respeito dela, em especial se a pessoa cresceu em um ambiente rural ou urbano.
As pessoas do ambiente rural tendem a ser orientadas para o futuro. Se ela quiser uma fruta ou um tipo qualquer de alimento, ela tem que preparar a terra, no momento adequado, e do modo correto para poder colher os frutos no futuro. Para induzir um transe neste tipo de pessoa pode-se começar a falar de imagens de campo. Intervenções de futuro também podem ser utilizadas sem uma elaboração mais cuidadosa.
As pessoas do ambiente urbano tendem a ser orientadas para o agora. Se ela quiser uma fruta ou qualquer tipo de alimento, ele sai de sua casa e compra. Para induzir um transe nesta pessoa, é mais adequado sugerir cenas urbanas, e de preferencia que tenham a ver com sua experiência vivencial. Para qualquer intervenção de futuro é necessário uma elaboração mais cuidadosa que prepare o terreno da intervenção.
Milton Erickson era de origem rural e tinha uma orientação de futuro, não é por acaso que a terapia Ericksoniana é uma terapia que se faz no presente com vistas ao futuro. É necessário estar atento ainda, para as mudanças socioculturais ocorridas nas ultimas décadas. Muito destas mudanças podem ter afetado o tipo de orientação mais freqüentemente adotada pelas pessoas de um ou de outro tipo de ambiente.

Ambiente: Rural ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Urbano



3 – Intrapunitivo X Extrapunitivo:

Esta categoria tem a ver com a direcionalidade que o indivíduo dá para a culpa:

O Intrapunitivo é a pessoa que atribui a culpa de praticamente tudo que acontece a ele mesmo. “Ë minha culpa”.
O Extrapunitivo atribui a culpa a outras pessoas. “É sua culpa”.

Se uma pessoa intrapunitiva dorme alem da conta ela diz: “Como pude ser tão estúpido”. Más se for uma pessoa extrapunitiva ela diz: “Porque não me acordou?
Se estamos atendendo uma pessoa intrapunitiva, podemos lhe dar a seguinte sugestão: “Sua mente inconsciente pode observar todos os erros que comete, mas sua mente inconsciente não se engana ao desenvolver possibilidades interessantes”. Deste modo o problema (intrapunitividade) está sendo circunscrito para a mente consciente.
No caso de estar-mos atendendo uma pessoa extrapunitiva, temos que lhe dar algo para que possa ser extrapunitivo e satisfazer essa parte de sua personalidade. Pode se dar a seguinte Sugestão: “Você irá tirar todos os objetos de seu guarda roupa e depois guarda-los novamente do mesmo modo que estavam antes. Enquanto estiver fazendo isso sua mente inconsciente providenciará idéias interessantes a respeito da solução do problema que estamos trabalhando”. O paciente poderá chegar para a sessão seguinte dizendo: “Não fiz aquela tarefa estúpida que você me mandou fazer e a solução para o problema é a seguinte...”.

Direcionalidade : Intrapunitivo ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Extrapunitivo
(da culpa)


4 – Absolvedor X Emissor, doador:

Esta categoria tem haver com o sentido mais freqüente do fluxo de energia emitido ou captado pelo paciente:

O Absolvedor: É a pessoa que freqüentemente capta ou recebe a energia das pessoas ou do ambiente no qual está inserido. Se estamos fazendo terapia familiar com uma pessoa absolvedora, pode-se sugerir: “Vamos fazer terapia Familiar, é maravilhoso! Verá como é interessante. Não tem que fazer nada. Só se senta, sua família fará todo o trabalho”.

O Emissor ou doador: É a pessoa que transmite, que doa energia para os outros. São pessoas orientadas para dar para gerar energia. Se estamos fazendo terapia com um doador podemos dizer: “Vamos fazer hipnose, não sei muito sobre isso, tentaremos fazer hipnose e você vai me ajudar a te ajudar”.

Direcionalidade : Absolvedor ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Emissor ou
(da energia) doador


5 – Pesquisador, explorador X Autoprotetor:

Esta categoria tem haver com a direcionalidade da atenção ou do interesse da pessoa. Uma pessoa pode ser curiosa e se mover em busca da descoberta ou da exploração de seu ambiente ou retrair-se de forma defensiva. As duas direções são importantes para a proteção do indivíduo dependendo do contexto, entretanto o explorador tem mais chance de ser gratificado e de desenvolver um conhecimento mais amplo e favorável de seu ambiente.

O Pesquisador , Explorador: É aquela pessoa curiosa , interessada em conhecer as características e peculiaridade das coisas ou pessoas de seu meio ambiente. Sua atenção está permanentemente explorando as possibilidades a sua volta, freqüentemente em busca de gratificação.

O Autoprotetor: É aquela pessoa mais contida, reservada, que se distancia, atenta a tudo que pode desestabiliza-la ou gerar algum tipo de desconforto ou ameaça. Prefere a segurança e comodidade a qualquer aventura ou possibilidade remota de gratificação.


Direcionalidade : Pesquisador ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Autoprotetor
( da atenção ) Explorador

6 – Dominante X Submisso:
Esta é uma das categorias mais importantes deste grupo, define quem está dominando ou submisso na relação. As posições dominantes e submisso se determinam nos primeiros segundos da interação. A relação de complementaridade é aquela em que uma pessoa está dominante e a outra submissa. É uma situação estável e não há nenhum problema. O outro tipo de relação é a simétrica. Uma relação simétrica é uma relação entre iguais e é instável. Um terceiro tipo de relação é a de metacomplementariedade. É a posição de se colocar submisso para estar realmente dominante.

Dominante é a pessoa que determina a relação, que dirige os rumos da conversa ou que determina o assunto a ser discutido. Algumas pessoas necessitam ser dominantes e gostam de estar nesta posição. Erickson sempre era dominante. Era como um guru sempre atento sempre dominante. Quando fazemos psicoterapia ericksoniana, queremos ser dominantes e, como as pessoas dominantes controlam e definem a relação, também induzimos papéis. A pessoa dominante induz papéis na que está submissa, seja de forma construtiva ou destrutiva. Se queremos ser terapeutas efetivos , temos que induzir os papeis mais construtivos possíveis em nossos pacientes; por isso necessitamos ser dominantes. Erickson estava muito atento aos primeiros instantes de uma interação e, nesse momento, tomava a relação a seu encargo e começava a induzir papéis construtivos. Quando o paciente está na posição dominante, a terapia é ineficiente.

Submisso é a pessoa que aceita e procura desempenhar o papel induzido pelo dominante. Sem essa aceitação é impossível que o paciente produza mudanças consideráveis em suas representações mentais e no modo como ele lida com suas dificuldades. A resistência no processo psicoterápico, reflete na maioria das vezes uma posição assimétrica que o terapeuta não conseguiu conduzir para uma relação de complementaridade com o terapeuta na posição dominante. Algumas pessoas gostam de estar submissa, tem de estar submissa e procuram controlar a situação a partir desta posição de metacomplementariedade. Os sintomas servem de exemplo como uma pessoa pode ficar dominante sendo submissa e portanto é importante usar tarefas ou diretivas para mudar o desequilíbrio de poder e induzi-lo a papeis mais construtivos.

Direcionalidade : Dominante ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Submisso
( da condução )
7 – Visual, Auditivo, Cinestésico:
Esta é a mesma categoria que foi usada no grupo anterior e não tem nada a ver com estas que são relacionais e sociais. Só que agora o diagnóstico tem que ser feito a partir de informações visuais, tais como: como ela se senta, como posiciona sua cabeça, como movimenta seus olhos etc.



Visual ¨ ¨ Auditivo





¨
Cinestésico


8 – Qual de todas as categorias está mais desequilibrada?
Da categoria de três a seis qual está mais desequilibrada? Esta pessoa é mais intrapunitiva, ou mais absolvedora, ou mais emissora, ou mais pesquisadora, ou mais submissa?


Principais Aspectos Utilizados para Colher os Dados:

1- A descrição do problema, como a pessoa produz o problema?
2- A solução, como posso conseguir o oposto do problema?
3- O funcionamento interacional, sistêmico do problema?
4- Analogias?
5- Anzóis, quais os valores do paciente que podem ser utilizado para produzir as mudanças comportamentais (lidar com).
6- Como utilizar isso tudo para criar a terapia.



FICHA DE AVALIAÇÃO:
(CATEGORIAS ZEIG)

I - Categorias Intrapsiquicas e Perceptuais:

1 – Atenção: Interna ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Externa.

2 – Orientação: Focada ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Difusa.

3 – Sistema sensorial predominante: Visual, Auditivo, Cinestésico.

4 – Elaboração: Linear ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Mosaico.

5 – Processamento: Ampliador ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Redutor.



II – Categorias Interpessoais e Sociais:

1 – Estrutura Familiar do Paciente: mais velho ou único do meio caçula.

2 – Ambiente em que cresceu ou foi educada: rural ou urbano.

3 – Direcionalidade da culpa : Intrapunitivo ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Extrapunitivo.

4 – Direcionalidade da energia : Absolvedor ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Emissor.

5 - Direcionalidade da atenção : Explorador ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Autoprotetor.

6 – Direcionalidade da condução : Dominante ¨ ¨ ¨ ¨ ¨ Submisso.

7 – Sistema sensorial predominante: Visual, Auditivo, Cinestésico.

8 - Qual das categorias, da três a seis, está mais desequilibrada?
R: ____________________________________________________________________ ______________________________________________________________________

Observações: __________________________________________________________
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Entrevista na rede Globo,programa Bem Viver com Mônica Cunha dia 29/12/12


segue link do programa com tema :Assuntos inacabados.parte 1
José Borges














PARTE 2


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