quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Empresas, psicologia e tecnologia



Qual a relação entre Ford, Skinner, e Jobs?

Talvez o grande erro, ou acerto, das empresas, seja esquecer quem é o ser vivo que trabalha em suas dependências.

Suas necessidades, facilidades e características, quando estimuladas, potencializam a eficiência do trabalho.

A espécie Homo sapiens sapiens é um ser que possui dentro do cérebro um compartimento, relativamente desenvolvido responsável pela produção de emoções. Perto dali também fica o centro de produção /armazenamento de memórias. Se isso é ruim ou bom, você leitor decidirá.

O que afirmo é que memórias são ligadas fortemente a emoções, sejam essas emoções de dor ou de prazer. Quando há um elo entre uma memória + uma emoção temos o potencial criativo, produtivo em favor de algo. Torna-se meu combustível de vida.

Esta ligação é do bem quando a emoção é prazerosa.

Algumas empresas são consideradas como maravilhosas no quesito EU QUERO TRABALHAR LÁ. Outras são relacionadas com a frase cômica NEM SE ME PAGAREM TRABALHO LÁ. E outras TANTO FAZ, DESDE QUE ME PAGUEM.
Por que? Pagam mais? Somente isso?

As empresas familiares possuem o tamanho do coração e inteligência  emocional do dono. Se este tem cabeça de industrial vai ter peças produzidas de qualidade ótima. Se este possui a cabeça de gestor além das peças produzidas, ele vai cuidar também do cérebro dos funcionários e clientes. Trabalhar em empresa de um gestor é trabalhar em um organismo vivo, que pensa, cria, debate, marqueteia, oportuniza e também goza.

Muitas vezes a contratação de diretores ou gerentes traz as experiências destes para dentro da organização. Há uma hibridação do processo produtivo e de gestão de pessoas, que pode ficar mais reducionista ou mais orgástico. Depende do tamanho da cabeça do bípede com encéfalo contratado.

Já empresas maiores possuem suas missões e valores, gestões e regras, mais profundamente enraizadas por décadas, que foram enxertadas pela história dos tempos, pelos diretores contratados, revoluções e tudo mais. Nelas temos os departamentos de RH ou como queiram chamar, os endomarqueteiros que dão um tom de organismo vivo ou simplesmente de verniz de boneca de porcelana.

Não importa onde você está, e sim onde quer chegar, o quanto de energia humana queira colocar na sua instituição. Se foi feita muita bobagem você poderá chorar, arrepender e dedicar-se aos gráficos de lucros. Ou poderá realmente se dedicar a construir o motivo de orgulho de sua vida mais os lucros, of course.

Não quero complicar seus sonhos, mas a cada dia, mais e mais o cérebro do "pós 20 anos geração Z" se configura de acordo com as revoluções tecnológicas, e estas esculpem os estímulos nervosos cerebrais. Acredito que alguns paradigmas psicológicos cairão por terra. A psicologia não acompanha a Samsung ou a Motorola, nem o Google. Eles são mais velozes e serão os artistas plásticos dos cérebros da geração nascente. Já havia pensado sobre isso?


Modelos teóricos que explicam e lidam com comportamento humano serão revistos e modelos de gestão de empresas/administração  se reorganizarão em breve, oriundos da vida atual, nascidos da revolução tecnológica. A pergunta como encantar pessoas será mais dificilmente respondida.

Anos atrás, eu carregava meu mundo em meu sistema  cerebral de memórias. Agora carrego num cell phone.

Antes a ansiedade era produzida por estímulos conhecidos. Hoje não sabemos se temos os mesmos impactos. A falácia de que excesso de informação produz ansiedade é certa na minha geração, mas não sabemos se isso se aplica à geração de agora. Novas pesquisas são necessárias.

Aparelho novo, cérebro novo, vida nova.

Informação quase infinita, instantaneidade dos fatos. Cérebros novos, vida nova.

Empresa nova?

O desafio está lançado, a pergunta agora é: e agora José?...



José Borges da Silva Filho



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